domingo, 22 de maio de 2011

Cidinha da Silva lança seu novo livro, Kuami em São Paulo, no dia 24 de maio, ás 19h. Livraria Suburbano Convicto! Compareçam!

Cidinha da Silva mergulha na prosa mais uma vez e traz uma história que nos encharca de poesia ao nos contar sobre o Sereal, *“reino das sereias, próximo à pororoca, onde se misturam olhos apascentados pelo rio e outros famintos de mar”.*
**Cheio de imaginação, musicalidade, situações engraçadas e a segurança de quem sabe onde vai chegar, este novo livro da autora é um presente à inteligência dos leitores. A história nos fala sobre os amigos Kuami, um elefantinho, e Janaína, uma pequena sereia, que percorrem águas, florestas e também os céus, vivendo numerosas aventuras, na procura por Dara, a mãe de Kuami, aprisionada por fazendeiros.
No caminho de sua busca, acabam ensinando muitas coisas a seus leitores, entre as quais o valor da amizade, a força da perserverança e também o amor que pode vencer muitas barreiras. Mas isso não quer dizer que se trata de uma estória carrancuda ou cheia de “lições de moral”. Não! Pelo contrário,cortada todo o tempo por um humor refinado, que cria situações engraçadas mesmo nos momentos de maior tensão, a história flui e acompanhamos com crescente interesse a procura da mãe do pequeno, mas destemido e amoroso elefantinho.Trata-se, assim, de uma narrativa que será lida com prazer tanto por gente grande como pelos pequeninos, pois se a fantasia e o suspense, sem dúvida, cativarão os jovens leitores e farão com que leiam a história quase sem parar, os adultos encontrarão uma prosa bem elaborada que os deliciará
com os achados de linguagem, com a ironia e a sólida construção de personagens.
Ao tecer os fios do maravilhoso - tingidos de africanidade -, com os traços de uma realidade brasileira geralmente deixada à margem, Cidinha da Silva, neste seu livro, nos leva também à reflexão sobre um Brasil que todos precisamos conhecer. É assim que a música negra brasileira – inclusive o funk de periferia que
faz até elefantes voarem -, a nossa paisagem e os saberes tradicionais de nossa gente, mas, sobretudo, a dura realidade do que ocorre nos rincões do país, comparecem no texto a partir de uma focalização poética, mas nem por isso menos comprometida.
Dessa forma, ganha sentido pleno a última frase de *Kuami*: “vale a pena iluminar a vida.”
Acrescentaríamos que, por tudo isso, “vale a pena ler Cidinha da Silva”.
Tania Macedo – Professora de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa –USP.
Saiba mais: http://cidinhadasilva.blogspot.com/












Um comentário:

N£$$!T@*** disse...

Hum...fiquei supercuriosa pra ler este livro...