quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Flávio Renegado disponibiliza seu novo álbum " Minha tribo é o mundo" para download gratuito!

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Flávio Renegado, artista mineiro nascido e criado na favela Alto Vera Cruz, na cidade de Belo Horizonte.
Autodidata, o músico começou a cantar aos 13 anos, ao mesmo tempo em que deu início à sua atuação em movimentos sociais. Em 1997, foi um dos fundadores do grupo de rap NUC (Negros da Unidade Consciente), com o qual se apresentou por todo o Brasil e em países da América do Sul, África e Cuba.
Posteriormente, o NUC tornou-se uma ONG, presidida por Flávio, que desenvolve trabalhos sócio- culturais junto a jovens de comunidades carentes com o foco principal nos jovens do Alto Vera Cruz.
A partir de 2006, passou a se dedicar à carreira solo e desde então vem acumulando uma bagagem de shows e participações em apresentações de outros artistas. Em sua carreira solo, Flávio Renegado investe na incorporação de outras referências musicais como reggae, maracatu, música cubana, samba além de outras influências da cultura típica brasileira e de tradições regionais, sem, no entanto, abandonar características do tradicional rap norte-americano e o apelo social do rap brasileiro.

Release do músico

Desde sua estreia, em 2008, Flávio Renegado parecia prever que suas músicas percorreriam o mundo. Intitulado “Do Oiapoque a Nova York”, o CD foi lançado de forma independente, vendeu mais de 7 mil cópias e o levou a turnês por Cuba, França, Inglaterra, Espanha e Austrália, além de percorrer dezenas de cidades brasileiras. Esse processo foi crucial para o desenvolvimento de seu novo trabalho, “Minha tribo é o mundo”, cujo lançamento aconteceu no dia 13 de outubro. Produzido por Plínio Profeta - que já trabalho com Lenine, Tiê e O Rappa - e gravado no Rio de Janeiro, o CD apresenta uma sonoridade mais urbana e influenciada pela multiplicidade dos movimentos sonoros contemporâneos.
Sem se prender a limites geográficos, sua música dialoga com batidas africanas, ritmos caribenhos, texturas do hip hop norte-americano, a energia da música eletrônica e a malandragem do samba. Uma prévia dessa diversidade pôde ser conferida na faixa-título, primeira música de trabalho do CD, disponibilizada para download gratuito na página do artista no Facebook (facebook.com/flaviorenegado) junto de seu videoclipe, feito pela equipe do Natura Musical. Com participações de artistas como Donatinho e Edu Krieger, o novo CD tem seu show de estreia marcado para dia 29 de outubro, sábado, no Music Hall, em Belo Horizonte, cidade natal de Flávio.
Enquanto a música transforma a vida de Flávio Renegado e o leva a circular por todo o Brasil e no exterior, também altera aqueles que são tocados por ela, restando a certeza de que gostando ou não, ninguém ficará indiferente às suas obras. Não por acaso, nos últimos anos Renegado esteve ao lado de alguns dos mais originais artistas da cena musical brasileira, do virtuosístico guitarrista Toninho Horta ao astro da MPB Lenine, assim como aclamados novos nomes da música brasileira como a cantora Aline Calixto e o vanguardista Fernando Catatau, do Cidadão Instigado.
Se a diversidade de parceiros aponta a inquietação de Flávio Renegado, sua extensa produção por outras áreas confirma sua vocação artística. Rapper, compositor, instrumentista, poeta, ator e líder comunitário, Flávio Renegado partiu dos estreitos becos do Alto Vera Cruz (comunidade carente da cidade de BH) para tomar o mundo de assalto com seu trabalho que tira o hip hop do gueto e abraça as mais diversas influências. Ciente de sua capacidade de criação e movimentação por diferentes manifestações artísticas, ele parece ter noção de não pertencer a nenhum gênero específico, nenhuma classe artística definida, nenhuma região. Ao mesmo tempo, absorve todas elas. Um paradigma que explicita no título do novo CD e que deixa no ar as possibilidades que estão por vir ao dizer que “Minha tribo é o mundo”.

Saiba mais:
http://minhatribo.flaviorenegado.com.br/
http://download.flaviorenegado.com.br/

Um comentário:

Fanzine Episódio Cultural disse...

ANJO NEGRO
Como um relâmpago
Ela entrou em minha vida,
Tão inesperadamente como saiu.

Não me deixou rastros
E nem carta de despedida,
Meu anjo negro retornou às estrelas.

Suas asas cobriram-me,
Seus lábios devolveram-me a vida.
Retirando-me o gosto amargo de viver,
Meu anjo protegeu-me
Pousando em meu coração.

Meu anjo negro retornou às estrelas
Deixando-me órfão
Para abraçar o meu/seu vazio.

Agora sou um prisioneiro sem cela
Que, ao ser despertado pela luz da manhã,
Busca refúgio ao final do dia
À espera do retorno
Que a noite nega-se a permitir.

*Do livro (O ANJO E A TEMPESTADE) do escritor Agamenon Troyan
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