quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

I SEMINÁRIO DE LITERATURA DA PERIFERIA



O seminário pretende discutir e analisar a produção literária das periferias, em SP e fora do estado, com base nos eixos: Política, Educação e Estética, em três palestras/debate com a presença de escritores/as (poetas e prosadores) educadores/as e pesquisadores/as que atuam e refletem o tema.




PROGRAMAÇÃO:


15/03/13 (sexta-feira)- das 18h às 20h

Tema: Literatura da periferia e política: trança de raiz?
Sinopse: Entre manifestos e manifestações a literatura da periferia parece gritar em todos os seus temas. Nela o direito à existência é afirmado na denúncia e no amor, na dureza da narrativa e no gozo do verso e vice-versa. A proposta é discutir quais são as aproximações ente a produção literária da periferia (oral e escrita) e a ação política inerente ao ser social. Onde elas se encontram? Ou mesmo, é possível existirem separadas?
Palestrantes: Nelson Maca (BA) e Ruivo Lopes (SP)
Mediador: Diego Arias (Sarau da Brasa)

16/03/13 (sábado)- das 18h às 20h

Tema: Barreiras visíveis e invisíveis: Teorias e práticas que se entrelaçam na Educação e na Literatura da periferia.
Sinopse: A proposta é que os convidados discorram sobre suas atuações entre o universo da Educação e da criação literária da periferia, suas visões e perspectivas neste trânsito de conhecimentos que podem potencializar cada vez mais as relações sociais. Como encontrar brechas para aguçar o imaginário dos educandos no ensino formal, como desenvolver ações no ensino dito informal, em que saraus, centros culturais independentes estão em movimento, engrossarão o caldo neste encontro.
Palestrantes: Allan da Rosa (SP) e Celinha Reis (SP)
Mediador: Michell da Silva - Chellmí (Sarau da Brasa)

17/03/13 (domingo) - das 17h às 19h

Tema: Entre as frestas da forma: Rachaduras e horizontes.
Sinopse: A mesa propõe discutir e analisar o desenvolvimento estético da literatura da periferia (oral e escrito), a relação e os entraves com a atuação engajada de seus protagonistas.
Palestrantes: Cidinha da Silva (MG) e Érica Peçanha (SP)
Mediador: Michel Yakini (Sarau Elo da Corrente).
Dias: 15, 16 e 17 de março de 2013.

Local: Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso

Av. Deputado Emílio Carlos, 3.641. Vila Nova Cachoeirinha. Zona Norte.
(ao lado do terminal Cachoeirinha)

Link para ônibus e mapa: http://ccjuve.prefeitura.sp.gov.br/como-chegar/


Organização: Sarau da Brasa, Sarau Elo da Corrente, Projeto Espremedor e CCJ Ruth Cardoso.


Projeto contemplado no Edital de Ocupação do CCJ.



Fonte: http://brasasarau.blogspot.com.br/p/i-seminario-de-literatura-da-periferia.html

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Resenha do livro "Águas da Cabaça" - Jéssica Balbino


Águas da Cabaça: as poesias maduras e tocantes de Elizandra Souza


Escritora foge da fórmula mais do mesmo, aposta na feminilidade e traz obra completa


A escritora Elizandra Souza (Foto: Cristina Sininho)
Por Jéssica Balbino
Tem o frescor da água bebida na cabaça. A fertilidade das sementes que gingam dentro dela. A feminilidade aflorada que só o fruto da poesia pode trazer. É preto. É colorido. É pulsante. Como a vida. É dolorido, como todos os preconceitos que atravessam os séculos. É doce como a esperança que brilha nos olhos das crianças. É o livro “Águas da Cabaça” de Elizandra Souza.
Lançado em outubro de 2012, a obra com 137 páginas é o fruto do amadurecimento da autora como poeta, como mulher, como representante da cultura negra.
Delicioso de ser tocado, mas para ser sentido, o livro é divido em cinco partes, além da biografia, que em traços negros, inspirou a poeta que nos faz abrir a cabaça, beber da fonte da arte mais pura que tem: feita com o coração, com a alma e com a ancestralidade.
Fora do lugar comum da literatura periférica, a obra vai além: tem verdade. Tem sentimento. Foi feita dia após a dia, gerada, cuidada, como semente a ser cultivada. E floresceu. Trouxe-nos frutos. “Águas da Cabaça” é uma obra madura. Pensada. Tratada com carinho. Não foi feita no susto, às pressas, no ‘mais do mesmo’. É mais do mais.
Contudo, a crítica e o ambiente de periferia, tidos como latente na literatura produzida em meio aos guetos não ficam de fora da obra de Elizandra. Mas eles chegam, assim como seus poemas, até mesmo os mais agressivos, com suavidade. Como no balançar das águas, como a areia da praia, como as cores da África, como as cores da vida. Por mais fortes e duros, os poemas são esperançosos. Como, penso eu, a vida deve ser.
Demorei para conseguir concluir uma resenha sobre o livro, embora tenha lido ainda em PDF. A explicação é uma só: ele é como alimento, como água na cabaça. Tem que ser um pouco por dia. Um dia de cada vez. Em ordem e aleatório. Uma obra que deve ser sentida. Absorvida.
Fui tocada não apenas pela leveza com que o projeto gráfico nos propõe, mas também pelas divisões de capítulos, com menções tão lindas a guerreiras negras ainda mais lindas. O livro me mudou. Me completou. Me trouxe o encontro que eu precisava comigo mesma, com a minha história, com a vida de milhares de mulheres que lutaram por nós. E foi no momento em que eu mais precisava.
Elizandra Souza soube fazer a vida soprar, pular e reverberar por meio das páginas do “Águas da Cabaça” com textos que passeiam sobre o que somos, o que fomos, nossos sonhos, nossas realizações e o amor. Ah, o amor. Ele está presente em toda obra. Seja na forma das raízes, dos poemas, da negritude, das novas manhãs, das pontas dos dedos, da saudade do ‘painho’, do cuidado com Andwele, das mulheres campesinas, da Favela, Mulher!, das estrelas que não se apagam, do ritual secreto, da fundação e da poesia que está em toda parte.
A diagramação feita por Nina Vieira ganha ilustrações de Renata Felinto, e que são arrematadas pela capa concebida por Salamandra Gonçalves. O time, todo feminino, completa a arte da veterana Elizandra Souza, que já lançou Punga, ao lado de Akins Kintê e participou de um sem número de publicações, contribuindo com o inato jogo das palavras, acrescido do jornalismo que assim como a arte, é latente e quase palpável.
O único defeito da obra: demorou muito para ser lançada e acaba tão rápida que tem que ser relida, carregada, compreendida e degustada. Mas, pede mais. Eu peço mais !!!
Mais sobre a obra: http://www.facebook.com/elizandramjiba?fref=ts

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Agenda Elizandra # Águas da Cabaça # Punga #2013




FEVEREIRO

Dia 06/02 (quarta-feira), 19h30 – Lançamento do livro PerifeMinas  - Frente  Nacional de Mulheres do Hip Hop. Participo com um poema junto com mais 59 autoras.
Ação Educativa – Rua General Jardim,660. Vila Buarque.

Dia 08/02 (sexta-feira), das 22h às 06h – Lançamento do livro Águas da cabaça no Sarau da Madrugada - Espaço Cultural Afrika- Avenida Vereador João de Lucca, 41. Cruzamento da Avenida Washington Luiz com a continuação da Cupecê. Zona Sul. Informações: http://sementedeangolasp.blogspot.com.br

Dia 21/02 (quinta-feira), das 19h às 22h. Lançamento do livro Águas da cabaça no Sarau Art’tude - Bar do Boné – Av. Nossa Senhora da Saúde, 1.007. Vila das Mercês. Zona Sul.

Dia 24/02 (domingo), 16h. Lançamento do livro de poesias Águas da cabaça no Encontro Rap com shows com Dugueto, Família NDR e A Matilha. Sedinha do Galo Real – Rua Gaita de Folias, 385. Altura do nº 3631 da Estrada do M Boi Mirim. Jardim Ângela, Zona Sul. Entrada franca.

Informações: mjiba.comunicacao@gmail.com / 98251-4024 (tim)/ 97684-6061  (vivo)

#existediálogoemSP, dia 5 de fevereiro, às 18h30, no Centro Cultural São Paulo.



Secretaria Municipal de Cultura convida a todos para o lançamento do programa #existediálogoemSP, dia 5 de fevereiro, às 18h30, no Centro Cultural São Paulo.

#existedialogoemSP

Um programa da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo destinado à construção colaborativa de políticas públicas.

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/noticias/?p=11976

São Paulo quer diálogo. 

Artistas, produtores, realizadores, editores, ativistas, articuladores – toda a gente múltipla e diversa que vive cultura e arte – têm procurado a Secretaria Municipal de Cultura para abrir conversas sobre as políticas culturais para a cidade. 

A cidade precisa fortalecer seus espaços de convivência, de diálogo, especialmente na construção das políticas públicas. 

Diálogo como ponto de partida e de chegada da política cultural. 

A Secretaria Municipal de Cultura como gestora de uma política compartilhada, transparente e presente no território. Diálogo como forma de ampliar processos, fortalecer fluxos, multiplicar a efetividade.

É necessário compartilhar os primeiros diagnósticos e frentes que a Secretaria irá abrir em 2013. Uma política cultural que deve atender demandas e necessidades culturais de todos.

Acima de tudo, a política cultural deve estar baseada na escuta. Pois não acreditamos em gestão dentro de gabinetes e sabemos que para dar conta de todos os desafios precisaremos das ideias e da permanente mobilização que a cidadania e a classe criativa de São Paulo acumularam ao longo dos anos.

Por isso, convidamos a todas e todos para participarem do lançamento do programa #existediálogoemSP, um espaço aberto, presencial e virtual, que a Secretaria Municipal de Cultura está lançando para organizar essa conversa. 

Uma conversa que agora se inicia e deve se desdobrar em diálogos nos diferentes bairros e com diferentes segmentos e linguagens artísticas.

Numa democracia contemporânea, o diálogo é essencial, mas não pode ser um fim em si. É preciso transformar as conversas e ideias em projetos e ações as quais transformem a vida cotidiana dos cidadãos – aqueles para quem a política cultural deve estar voltada.

São Paulo tem vivenciado seguidas manifestações que demandam mais espaço público e convivência. Entendemos que é importante inspirar a gestão municipal nesse espírito de paz, fraternidade e amor pela cidade e construir canais de diálogo franco.

A hora é de ousarmos imaginar. 

Há muito por ser feito, e precisamos contar com a ajuda de todas e todos na cogovernança dessa cidade infinita chamada São Paulo.

A partir desse programa de diálogo, a Secretaria Municipal de Cultura pretende para 2013:

1. A criação de um gabinete aberto e digital, baseado em processos de diálogo permanente;

2. A instalação de um novo Conselho Municipal de Cultura, baseado em articulações setoriais, territoriais e transversais;

3. A elaboração de um Plano Municipal de Cultura, destinado a pensar as políticas públicas pelos próximos dez anos;

4. A incorporação das demandas públicas da cultura no processo de revisão do Plano Diretor.

DIA 5 DE FEVEREIRO, ÀS 18H30

Centro Cultural São Paulo
Sala Adoniran Barbosa
R. Vergueiro, 1000 / CEP 01504-000
Paraíso / São Paulo SP / Metrô Vergueiro
11 3397 4002
ccsp@prefeitura.sp.gov.br